MARLY OLIVEIRA DOS SANTOS
"Meu nome é Marly Oliveira dos Santos, tenho 35 anos nasci na Comunidade Remanescente de Quilombo no município de Cachoeira do ArariPA no dia 21 de Agosto de 1986, sou filha de Marcos Batista dos Santos e Maria Oliveira dos Santos. Fui criada pela minha mãe e minha vó Inês Lobato. Estudei nas series iniciais na escola municipal de ensino infantil e fundamental Alto Gurupá, nas series finais do ensino fundamental maior e médio concluir no colégio Abelardo Cunduru no Distrito de Mosqueiro. No ano de 2009, comecei a cursar o curso de Magistério em Cachoeira do Arari pelo grupo Lasalle e também a trabalhar na escola Alto Gurupá nas turmas do Infantil III e 2ª série do fundamental menor, no lugar da professora Mirian Oliveira dos Santos que acabara de entrar de licença maternidade e também neste mesmo ano passei a viver em uma união estável com Clever Luis da Silva Moraes , no qual dessa união tive dois filhos, uma menina que se chama Clicia e um menino que se chama Madson. Em 2011, fiz uma prova para licenciatura plena em letras com habilitação em língua portuguesa, na Universidade do Estado do Pará- UEPA. E dessa maneira consegui a vaga e passei a cursar durante 4 anos o curso de licenciatura plena em letras. No de 2012 fui trabalhar na Comunidade quilombola de Santana do Arari, nas séries finais do fundamental maior durante 4 anos. Há 8 meses fiz um curso de extensão em libras pela Faculdade Cruzeiro do Sul (Fiana) em Icoaraci. Atualmente estou trabalhando em 3 escolas no cargo de professora de arte e redação, no município de Cachoeira do Arari, com as séries/ano com o fundamental maior nas comunidades de Soledade, Baixo Arari e Gurupá. Continuo morando na Comunidade Remanescente de Quilombo de Gurupá no município de Cachoeira do Arari, sou muito animada. Estou sempre sorrindo, porém quando é hora de falar sério, é sério. Gosto muito de ir à igreja evangélica, obra de restauração. Não concordo com injustiças, desrespeito ao meio ambiente, perseguições á professoras dos quilombos, ou de outros contextos específicos e confusões sem sentido.
Meus planos para o futuro é fazer mestrado pela cota quilombola, passar em concurso público, casar, oficializar minha união estável e criar meus filhos. E construir uma CASA REPÚBLICA para estudantes vindos de suas comunidades tradicionais á Belém quando são aprovados na Universidade que são os remanescentes de Quilombo e Indígena.
Atualmente pesquisadora associada do Instituto de pesquisa projeto
cartografando saberes ( IPPCS)."